Saísse de ti, algo além
de prosas e poesias,
certamente eu não ficaria
atento apenas aos olhares.
Apreciaria gostosamente
teu café da manhã,
lambendo beiços que,
escorrendo manteiga,
alisariam quentinhas broas
servidas na travessa florida
que foi da tua avó.
Sorrisse um pouco mais
criança e largada
e não esse teu riso sério,
minha coragem de abraços
seria talvez, outra.
Minha ousadia de beijos
espantaria até pardais,
que teimam em ciscar
nestes teus quintais.
Mas, fico eu, só poemas.
Ouço teus passarinhos
que misturam penas,
às rimas que faço sozinho.
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