Eu tinha toda a pressa do mundo
e hoje, já não tenho;
já não vou, nem venho
com exagerados passos.
Sou calmo no apelo do tempo;
paro, olho e sinto
no rosto, o vento.
Sinto em mim o gosto
de pressentir eu mesmo.
Eu tinha tanta pressa
e hoje, já não me interessa
se sou dias, minutos ou segundos.
Sou apenas, a certeza do tempo
que me resta.
Tempo de colher o que ainda
me presta.
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